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Artigos

v. 1 n. 2 (2019)

Educação socioemocional no RN: diálogos sobre práticas pedagógicas pós-BNCC

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar como duas escolas privadas, uma de Natal/RN e outra de Parnamirim/RN, pós-orientação da BNCC, incluíram em sua proposta curricular a educação socioemocional, fazendo uso materiais didáticos específicos para a realização de seu trabalho, a saber: a Escola da Inteligência, de Augusto Cury, e o LIV – Laboratório de Inteligência Vida. Vale destacar que, ambos os materiais, conforme descrição dos mesmos, objetivam promover a reflexão, o debate, a escuta e o desenvolvimento das emoções. Para tal, utilizamos os pressupostos teóricos de Howard Gardner (2000); os postulados do CASEL(2015); Anita Abed (2014), Silva (2018);Ferraz & Belhot (2010); Neves (1995), Kauark, Manhães e Medeiros (2010), dentre outros autores, os quais se constituíram como importante ponto de apoio para construção dos argumentos do presente trabalho.  Observamos, mediante as entrevistas, que embora disponham de materiais específicos, algumas falhas na execução no trabalho com a educação socioemocional são observadas, especialmente no que tange ao momento para falar das emoções, visto que este é pré-determinado, em um dia e horário apenas. Ademais, tornou-se perceptível, nas falas das entrevistadas da Escola A e Escola B que as práticas pedagógicas não são trabalhadas de forma inter ou transdisciplinar, mas, sim, parcialmente isoladas, caso aconteça alguma demanda. Deste modo, chegamos à conclusão que o desafio envolvido na promoção das habilidades socioemocionais no espaço escolar, bem como na construção de uma escola voltada ao desenvolvimento integral do ser humano, deve ser ainda considerado como um estudo revolucionário em face do contexto histórico em que vivemos. A postura, a escuta, o olhar, a qualidade do vínculo que se estabelece com as situações de ensino e aprendizagem precisam abranger as diferentes dimensões constitutivas do ser humano, bem como os múltiplos aspectos do aprender.

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